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    • George Saunders Relógio d'Água 2023 | 9789897833304 | 256 pp. O «melhor contista em inglês» (TIME) está de volta com uma coleção de contos que explora ideias de poder, ética e justiça, mostrando o que significa viver em comunidade com os nossos semelhantes. Com a sua prosa perversamente irónica e não sentimental, Saunders continua a desafiar e surpreender. Estas histórias multifacetadas que abrangem alegria e desespero, opressão e revolução, estranha fantasia e realidade brutal fundem-se para mostrar o mundo com a generosidade e a atenção perspicaz que Saunders tem, até nas circunstâncias mais absurdas.
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    • 19.00
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    • Ottessa Moshfegh Relógio d'Água 2023 | 9789897833434| 280 pp. Numa povoação medieval fustigada por desastres naturais, um pastor órfão de mãe torna-se o improvável centro de uma luta pelo poder que põe à prova todo o tipo de fé. O pequeno Marek, o filho abusado e delirante do pastor da aldeia, nunca conheceu a mãe; o pai disse-lhe que ela morreu no parto. Um dos poucos consolos da vida de Marek é a sua relação com a parteira cega da aldeia, Ina, que o amamentou quando ele era bebé, como fazia com tantas outras crianças. Ina possui uma habilidade única para comunicar com o mundo natural. O seu dom muitas vezes concede-lhe conhecimentos sagrados em níveis que estão muito além dos alcançados por outros aldeãos, por mais religiosos que sejam. Para algumas pessoas, a casa de Ina na floresta fora da aldeia é um lugar a temer e evitar, um lugar sem Deus. Entre eles está Barnabas, o padre da cidade e…
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    • Annie Dillard Antígona 2023 | 9789726084334 | 200 pp. Ensinar Uma Pedra a Falar (1982) reúne catorze ensaios autobiográficos que nos levam a locais remotos do planeta: rumo ao gelo do Árctico («Uma expedição ao Pólo»), à vida à beira-rio nos confins da selva equatoriana, entre tartarugas e leões-marinhos nas Galápagos («Vida nas rochas») e eclipses solares. Oscilando entre a inefável grandiosidade do intocado, a resignação pelo destino de um veado capturado («O veado em Providencia») e o milagre da troca de olhares com uma doninha no campo («Viver como doninhas»), Annie Dillard capta habilmente momentos tão fugazes como clarividentes, revelando-os em todo o seu assombro. Habitadas por Emerson, Thoreau e Dickinson, destas páginas irrompem divagações filosóficas sobre o inexorável movimento do tempo, reflexões sobre a admiração que a natureza nos inspira e que a civilização teima em apagar, formulando uma filosofia do olhar e da liberdade.
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    • José Miguel Silva Antígona 2023 | 9789726084341 | 216 pp. Escrito em 1942, O Homem que Viveu Debaixo de Terra via a luz do dia em 1961 como um conto cujas cenas de violência haviam sido truncadas pela censura editorial. Em 2021, recuperou-se a versão integral do texto, acompanhada nesta edição pelo ensaio «Recordações da Minha Avó» – que narra a génese da obra – e posfaciada pelo neto do autor. A história de Fred Daniels, um negro injustamente acusado de homicídio que se refugia nos túneis e esgotos da cidade, dá corpo a um romance existencial recém-descoberto em toda a sua amplitude. A partir deste episódio verídico de injustiça policial, o protagonista, descendo às profundezas, eleva-se acima da civilização e observa com toda a lucidez o absurdo do mundo, «como se os seus olhos tivessem sido abertos por mãos invisíveis». «Romance incendiário sobre raça e violência nos EUA», o mais acarinhado por Richard Wright, é agora publicado tal como ele o…
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    • Horace Walpole Antígona 2023 | 9789726084389 | 88 pp. Antecedendo o surrealismo francês e o nonsense de autores como Edward Lear e Lewis Carroll, estes seis Contos Hieroglíficos (1785), «escritos um pouco antes da criação do mundo», oferecem-nos histórias mirabolantes sobre personagens fantásticas e rocambolescas, que parecem ter saído dos sonhos mais estranhos de Horace Walpole. Plenos de humor e ironia, inspiram-se em lendas e fábulas antigas, cujas normas narrativas foram subvertidas de uma forma verdadeiramente absurda e delirante, proporcionando-nos fartas doses de riso e boa disposição.
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    • 18.00
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    • Melchior Vischer Barco Bêbado 2023 Tradução de António Gregório e Joana Jacinto. Introdução de David Vichnar. Notas de Tim König e David Vichnar. Capa de Roger Ballen. «A cidade dos macacos uivadores e das pulgas, da corrupção, do bacillus idioticus militaris neo-europeu, também o ponto fulcral de todas as bandeirolas de um mundo ocidental tratado a arsfenamina, sede de traficantes que agitam o mercado em alta com a insolvência do estado, de esgotos entupidos, dos eléctricos mais rápidos do mundo e a cidade dos seis mil ministros. Já todos foram ou são ou serão ministros. Em troca disso, toda a nação resplandece.»
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    • 16.45
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    • Juan Rulfo Cavalo de Ferro 2023 | 9789896239862 | 216 pp. Compilação num único volume da prosa curta de Juan Rulfo — os contos de A Planície em Chamas e o texto O Galo de Ouro —, que revolucionou a literatura hispano-americana e mundial. Em 1953, dois anos antes de Pedro Páramo, com o qual obteria a consagração internacional como um dos escritores mais influentes do século XX, Juan Rulfo publica a sua primeira obra, um volume de contos com o título A Planície em Chamas. Desde logo, a novidade da sua prosa impressiona e desperta a atenção, nomeadamente pela profundidade das personagens: camponeses que lutam pela subsistência, caciques brutais e revolucionários sanguinários que se cruzam e coexistem num cenário árido e pobre, carregado de solidão, violência e morte.
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    • 15.95
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    • Knut Hamsun Cavalo de Ferro 2023 | 9789896238582 |176 pp. Prémio Nobel de Literatura. Sob a Estrela do Outono, até hoje inédita em português, é unanimemente considerada uma das obras fundamentais de Knut Hamsun.Fugido da «azáfama, dos jornais e das pessoas da cidade», o protagonista deste romance, ao qual Hamsun empresta o seu próprio nome, Knut Pedersen, refugia-se no campo em busca da verdadeira vida, determinado a conquistar aí a calma e a paz interior. Senhor de si mesmo, vagueia de quinta em quinta, despoja-se da sua roupa elegante para desempenhar o ofício de pedreiro ou lenhador, dá asas à sua veia de inventor, enamora-se de uma mulher casada - um amor proibido que levará este vagabundo idealista de volta ao ponto de partida: um regresso à paixão, ao sofrimento e à cidade.
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    • 18.00
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    • Stanislaw Lem Antígona 2023 | 9789726084280 | 288 pp. Quando é detectada uma mensagem vinda do espaço, uma comunidade de cientistas, reunida num projecto governamental no deserto do Nevada – Master’s Voice –, não se poupa a esforços para a decifrar. Porém, a primeira transmissão extraterrestre «era como a planta de uma catedral enviada a australopitecos ou uma biblioteca facultada aos neandertais», diz-nos Peter Hogarth, matemático envolvido na missão secreta e autor deste relato. Rapidamente, este enigmático código estelar suscita as mais diversas interpretações de físicos, biólogos, antropólogos e linguistas, apenas para revelar a dúbia relação entre governo e ciência, bem como as limitações do conhecimento em face do insondável. Agora em tradução directa do polaco, A Voz do Dono (1968), publicado em plena Guerra Fria, é um dos romances mais aclamados e densamente filosóficos de Stanisław Lem.
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    • 18.00
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    • Ottessa Moshfegh Relógio d'Água 2022 | 9789897832871 | 216 pp. Ottessa Moshfegh, uma das mais importantes novas vozes literárias, narra neste romance os esforços de uma jovem mulher para se esquivar aos males do mundo. Para tal, embarca numa hibernação prolongada, com a ajuda de uma das piores psiquiatras da história da literatura e com as enormes doses de medicamentos por ela prescritos. «Cáustico e divertido. Um novo membro obscuro na linhagem das pouco simpáticas personagens femininas de Jean Rhys ou Emily Brontë…» [Margaret Atwood]
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    • 18.50
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    • Natalia Ginzburg Relógio d'Água 2023 | 9789897833229 | 304 pp. Às vezes basta o ingénuo olhar de uma rapariga para iniciar uma história que vai alterar a vida de duas famílias e de muito mais gente. Anna vive numa povoação no norte de Itália, nos anos que antecedem a Segunda Guerra Mundial. Já adolescente, submete-se quase sem resistência à violência do sexo, casa-se com um homem trinta anos mais velho e vai viver com ele num local inóspito do sul de Itália. Anna permanecerá silenciosa enquanto à sua volta todos falam e gesticulam e vivem as suas alegrias e dramas, até que a guerra obriga a que se tomem decisões importantes e pratiquem gestos definitivos. «Podemos falar de Todos os Nossos Ontens como a versão romanceada de Léxico Familiar.» [Italo Calvino] «Para mim, Todos os Nossos Ontens é um romance perfeito, ou seja, é completamente o que tenta ser, e nada mais. […] Este feito torna-se possível devido à compreensão extraordinária da…
  • Há Mundo por Vir? – Ensaio sobre os Medos e os Fins Quick View
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    • 16.00
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    • Déborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro Antígona 2023 | 9789726084273 | 264 pp. Este ensaio a duas mãos é «um sobrevoo esquemático dos muitos imaginários do fim do mundo». Conjugando saberes da filosofia moderna europeia e pesquisas sobre a metafísica ameríndia, Há Mundo por Vir? (2014) analisa actuais imaginários apocalípticos e discursos escatológicos (no cinema, na literatura, na filosofia e na ciência), interpretando-os como expressões e sintomas, não ainda do fim irreparável e absoluto, mas do fim de um certo mundo: o dos dualismos e mitologias da modernidade capitalista ocidental, que empurra o planeta para o limiar do colapso ambiental. Orientados por coordenadas que têm tanto de metafísica como de política – um mundo sem nós, nós sem mundo, antes e depois do mundo actual –, os autores abordam as ameaças existenciais das alterações climáticas, evocando imagens de A Estrada, de Cormac McCarthy, Melancolia, de Lars von Trier, e d’O Cavalo de Turim, de Béla Tarr. Em diálogo crítico com Bruno Latour, Isabelle Stengers e os…
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    • O Grito dos Pássaros Loucos

    • 18.00
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    • Dany Laferrière Antígona 2022 | 9789726084235 | 308 pp. 1976, Haiti. O Grito dos Pássaros Loucos (2000) narra o dia em que um mundo desaba e uma vida muda para sempre: as derradeiras horas de Ossos Velhos – alter ego de Dany Laferrière – em Port-au-Prince, antes de partir para o exílio no Canadá, e na sequência do assassínio do seu maior amigo pelas milícias do ditador Duvalier. A amargura da despedida e o doce aroma do café e do ilangue-ilangue fundem-se numa última ronda pelas ruas vibrantes da cidade – em bordéis e bares, cinemas e praças –, onde só uma pergunta ecoa: o exílio ou a morte? Obra de maturidade de Dany Laferrière e romance sobre o desenraizamento, O Grito dos Pássaros Loucos é também a história de um protagonista que, sob o signo de Antígona, reclama a liberdade de viver segundo a sua consciência e as suas paixões, sonhando com horizontes mais vastos do que «os universos estreitos e os céus baixos da ditadura».
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    • 15.00
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    • Dany Laferrière Antígona 2022 | 9789726084198 | 152 pp. Montreal, um Verão escaldante nos anos 70. Dois negros sem tostão habitam um quarto exíguo: Cota – aspirante a escritor à la Bukowski e Miller, que, armado com uma Remington 22, quer mandar James Baldwin arrumar as botas – e Bouba, fanático por Coltrane, eremita que vive refastelado no divã a ler Freud e o Alcorão, e que ressona tão alto como o trompete de Miles Davis. Os dois levam uma alegre vida boémia de sexo e jazz e, em nome da desforra pela colonização, travam a luta racial na horizontal, assombrados pelo portento sexual do prédio – o Belzebu do Andar de Cima –, que ameaça desmoronar-lhes o tecto. Brilhante e provocador, traduzido em várias línguas, Como Fazer Amor com um Negro sem se Cansar (1985) é o romance de estreia de Dany Laferrière – em cujas páginas assistimos também ao nascimento de um escritor –, uma sátira feroz aos estereótipos e clichés racistas e às relações raciais na…
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    • 14.00
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    • Silvina Ocampo Antígona 2023 | 9789726084266 | 104 pp. Num navio, uma mulher cai ao mar. À deriva, vê a vida inteira passar diante dos seus olhos e promete a Santa Rita, padroeira das causas impossíveis, escrever a sua história se sobreviver. Pessoas, lugares e lembranças afluem-lhe à memória, como destroços à tona da água, num oceano insondável e ameaçador, formando um poderoso dicionário de recordações. Publicada postumamente em 2011, A Promessa sofreu constantes reescritas desde os anos 60 e foi o labor dos últimos dias da autora, já atormentada pela doença.
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    • O Inquilino Quimérico

    • 15.00
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    • Roland Topor Antígona 2023 | 9789726084211 | 168 pp. Adaptado ao cinema por Roman Polanski em 1976, O Inquilino Quimérico (1964) é, além de um clássico do humor negro com recortes kafkianos, uma obra que aborda temas decerto familiares a alguns leitores: má vizinhança, insonorização deficiente, devassa da vida privada – em suma, as maravilhas da propriedade horizontal. Quando o discreto Trelkovsky, um novo inquilino num prédio parisiense, se vê subitamente alvo do ódio dos vizinhos e de uma guerra sem motivo aparente, entra numa crise – imobiliária e existencial – com um desfecho imprevisível. A paranóia cresce na medida da hostilidade ao recém-chegado, e resta um dilema: submeter-se à maioria e às suas regras ou seguir o caminho da insanidade? «História de um homem que enlouquece devido à hostilidade do mundo que o rodeia», segundo o autor, O Inquilino Quimérico é uma perturbadora odisseia na alienação urbana e num labirinto de normas incongruentes e absurdas.
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    • 16.00
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    • Sergio Solmi Barco Bêbado 2022 | 113 pp. «Como foi que mais tarde vim a amar as imagens belas, as estátuas, os monumentos onde o pensamento parecia ter conseguido reter até o seu acento, a sua flexão mais volúvel e secreta? As Idades, que dormiam absortas num espaço seu, imaterial e sumptuoso, a um primeiro entreabrir-se da memória recomeçavam a florir. A obra girava em torno do fulcro da sua existência renascida, vivia no esforço dos braços que a reerguiam uma vez mais à altura dos olhos, alada e respirante como uma criatura mortal. Colhendo a certeza inicial, a pulsação informe de onde brotara, o meu pensamento, sustido pelas linhas, iluminado pelas cores, tornava-se, ao segui-la, mais rigoroso e flexível do que uma música. E, chegado aos confins da criação, à extremidade do círculo encantado, o hálito destrutivo da vida surpreendia-me juntamente com um amargo sentimento do nada, quase um fino e orgulhoso temor de ter dominado o tempo, sem que ele…
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    • 20.00
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    • Osvaldo Lamborghini Barco Bêbado 2022 | 127 pp. (inclui o texto de Leopoldo Fernández, que serviu de posfácio à edição primitiva de El Fiord) tradução e nota introdutória: Mariano Alejandro Ribeiro pinturas (capa e miolo):Theodore Ushev
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    • 20.45
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    • Colson Whitehead Alfaguara 2022 | 9789897843877 | 408 pp. Ray Carney tem uma história semelhante à de várias outras do seu bairro. É vendedor de mobília, pai de família, homem pacato. Pouca gente sabe que ele descende de uma linhagem de rufiões e que, sob a aparência de normalidade, há várias pontas soltas no seu caminho. Como o dinheiro nem sempre chega, Ray desenrasca-se com esquemas trapaceiros e biscates pouco recomendáveis, à boleia das atividades ilícitas do primo Freddie. Mas há um dia em que os planos dão para o torto e Ray cai numa teia de corrupção, crime e pornografia, a que não faltam polícias duvidosos e arruaceiros sem escrúpulos. Começa aqui a sua vida dupla e Ray vai percebendo melhor quem realmente puxa os cordelinhos por ali. Um mistério policial entrelaçado com a história de uma família comum, encenado no fervilhante Harlem dos anos 60, sobre o pano de fundo do movimento dos direitos civis, numa época histórica irrepetível, que…
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    • 17.70
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    • Carlo Levi Livros do Brasil 2022 | 9789897111907 | 240 pp. Pequeno conjunto de casinhas empilhadas sobre um precipício de argila branca, Gagliano surge aos olhos de Carlo Levi, naquela tarde de agosto de 1935, como uma terra às portas da civilização, da História, da humanidade. «Nós não somos cristãos», dizem os seus habitantes. «Cristo parou em Eboli.» Foi para esta localidade, na região empobrecida e isolada da Lucânia, no sul de Itália, que o médico, pintor e escritor se viu enviado para confinamento por oposição ao regime fascista de Benito Mussolini. Durante os cerca de dez meses que ali viveu, Levi refletiu sobre aquela paisagem, as suas gentes e a sua resignação à pobreza, à ruralidade, à perpetuação das crenças dos antepassados. Em 1945, publicou o testemunho desta experiência, uma narrativa envolvente na qual se mistura ficção, memória, registo sociológico, ensaio e literatura de viagem. Considerada a obra-prima de Carlo Levi, Cristo Parou em Eboli foi adaptada ao cinema e estudada nas…