José António Almeida não (edições) 2022 | 9789895349272 | 104 pp. "O Alentejo não foi uma opção. Foram as circunstâncias, como diria Kavafis, que me impuseram uma certa «vila da província». Talvez os meus poemas agradem mais ao homossexual dos velhos tempos do que ao jovem gay livre e emancipado dos dias de hoje. Para o meu labor, prefiro - acima de tudo - o leitor comum e entusiasta da poesia. Não saí do «armário» - há muitos e muitos anos, e a poesia foi a chave da porta - para ser engavetado, por quem não ama a poesia nem a vida e ainda menos a raiz erótica de ambas, no cacifo da literatura gay com um rótulo na testa ou uma etiqueta na nuca." José António Almeida Mar Vermelho na Vila Toda Branca é o volume I do ciclo Metamorfoses [obra em curso] e o primeiro livro de poesia inédito publicado pelo autor desde 2013.
Anne Carson não (edições) 2021 | 9789895470884 | 176 pp. A poesia de Anne Carson tem sido caracterizada pelos críticos como ‘ensaios’, ‘pequenas palestras’ ou ‘narrativas em verso’ numa voz singular. Com o livro VIDRO, IRONIA E DEUS a autora entretece diversos fios poéticos, antigos e contemporâneos, num conjunto de seis textos: cinco longos poemas e um ensaio final em prosa. Aqui se incluem “O Ensaio de Vidro”, sobre o fim de um amor contado a partir de leituras de Emily Brontë, “Homens da TV”, onde Heitor de Tróia, Artaud e Safo, entre outros, figuram como personagens televisivas, ou “A Queda de Roma”, a propósito de uma viagem de Carson para descobrir a cidade e a sua tentativa de ultrapassar a terrível alienação que aí sentiu.
Mina Loy Não Edições 2022 | 9789895349241 | 52 pp. Um clássico excêntrico do Modernismo, ainda hoje na periferia do cânone, “Canções para Joannes” foi publicado em 1917 na revista norte-americana Others: A Magazine of the New Verse, depois de as primeiras quatro secções terem surgido no número inaugural da publicação em 1915. A sequência, onde Mina Loy agrega e transmuta algumas das suas experiências amorosas e sexuais, foi acolhida com reservas e algum escândalo, pelo retrato indecoroso, a um tempo ardente e desencantado, tenaz e clínico, do desejo feminino. Impudico, mas nunca cru: o sexo é palavroso, recobre-se das linguagens, sentidos e associações, que o tentam capturar: do íntimo ao grotesco, da reprodução ao romance, do concreto ao abstracto. Os traços formais – espaços em branco, travessões, uso irregular de minúsculas e maiúsculas e da pontuação – vincam os hiatos e acentuam a estranheza, violentando a voz lírica, incapaz de conter os excessos e extremos do querer, tanto mais que conjugado no feminino. O…
Manuel de Freitas Averno 2022 | 9789898630100 | 373 pp. Capa de Luís Henriques a partir de fotograma de Andrei Tarkovsky. Paginação e arranjo gráfico de Pedro Santos.
Antero de Quental Edições do Saguão 2022 | 9789895329182 | 160 pp. «Seria tentado a afirmar que o poliglota é aquele homem que, no seu multilinguismo, perde a faculdade de pensar e dizer, com o vigor e a graça nativos, num só idioma: e, enchendo-me de coragem, julgaria que num livro, nascido ou tornado multilingue, se luz houvesse, se nublaria, e se escurecido, tornar-se-ia escuro como breu. Mas com frequência se ama caminhar nas sombras, e descolorir as imagens, e repintá-las à nossa maneira: para que, em vez de se abrir uma porta dentro do cérebro dos escritores, se preferir entreabri-la, olhar e não olhar, ver e não ver.» — Emilio Teza
Yannis Ritsos Edições do Saguão 2022 | 9789895329175 | 160 pp. «[...]os Diários são uma colecção de poemas curtos, divididos em três partes: Ritsos escreve as duas primeiras ao longo de quatro meses, de Outubro de 1948 a Janeiro de 1949, enquanto exilado no campo de reeducação de Limnos; escreve a terceira parte no ano seguinte, entre Janeiro e Junho de 1950, no campo de Makrónissos. É um diário (quase) quotidiano de impressões e descrições da vida do dia-a-dia num campo de prisioneiros. [...] O poeta abre assim a porta a uma nova dimensão do exílio: desde a espacialidade - isto é, do exílio geográfico nas ilhas à periferia da sociedade - até à temporalidade, perguntando-se qual é o seu papel neste período crucial para a Grécia.[...] De facto, a paisagem com os seus elementos naturais actua como uma caixa de ressonância para a tensão psicológica que emerge da prisão e do exílio. A paisagem física é transformada numa paisagem mental, muito…
Vitor Silva Tavares Barco Bêbado 2022 | 46 pp. desenho do autor na capa // tiragem única de 250 exemplares // paginação e grafismo de Paulo da Costa Domingos