Tatuagens de Luz – Para uma imagem de Leonor de Almeida

19.00

Cláudia Clemente

Documenta

2020 | 9789899006430 | 336 pp.
Tudo começou com um quadro: Leonor, esteticista e amiga da minha avó desde os anos 50, vendeu-lhe uma pintura surrealista, de João Moniz Pereira, que teria pertencido a Alexandre O’Neill. Resolvi seguir o rasto da senhora, na esperança de obter mais informações sobre a tela, e descobri Leonor de Almeida — não a Marquesa de Alorna, com quem partilha o nome —, mas uma das mais invulgares poetas do século XX.
Leonor, que se disfarçava usando uma peruca quando trabalhava como esteticista, foi uma autora surpreendente, aclamada pelos mais importantes críticos da época, de João Gaspar Simões («dos melhores poetas portugueses contemporâneos») a Jacinto Prado Coelho («dos casos mais extraordinários da poesia portuguesa»). A sua obra foi incluída em antologias, como a Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa (1959), de Maria Alberta Menéres e E.M. de Melo e Castro, ou a Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (1965), de Natália Correia. Colaborou com poemas, artigos e entrevistas nos principais jornais e revistas dos anos 40 e 50. Viveu em Londres, Paris, Copenhaga. Publicou quatro livros de poesia. Depois desapareceu, e foi esquecida.

Cláudia Clemente

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