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    • Sapiens face a Sapiens - A Trágica e Esplêndida História da Humanidade Pascal Picq Edições 70 2021 | 9789724423982 | 212 A humanidade está a entrar numa fase inédita da sua evolução. Nunca como agora o seu passado lhe foi tão acessível, e nunca como agora o seu futuro foi tão insondável. Esta dupla mudança de perspetiva, com origem no início do século xxi, resulta ao mesmo tempo das revelações da paleogenética, da descoberta de novos fósseis e da revolução digital, num cenário de degradação do planeta e urbanização massiva. Conseguirá o Homo Sapiens adaptar-se às consequências fulgurantes do seu sucesso com 40 000 anos de história e à ampliação sem precedentes desse sucesso de há meio século para cá? Quanto mais bem-sucedida é uma espécie, mais a sua sobrevivência depende da forma como se adapta às consequências do seu sucesso. Ainda não há muito, várias espécies humanas habitavam a Terra, divididas em três grandes impérios: os Neandertais na Europa, os Denisovanos…
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    • Esther Duflo; Abhijit V. Banerjee Actual 2020 | 9789896944995 | 478 pp. Neste livro revolucionário, os economistas premiados com o Nobel, Abhijit V. Banerjee e Esther Duflo, mostram como a economia, quando bem aplicada, pode ajudar a resolver os problemas sociais e políticos mais delicados dos nossos dias. Desde a imigração à desigualdade, da desaceleração do crescimento à urgência da crise climática. As ferramentas estão à nossa vista, embora muitas vezes a ideologia política nos cegue. Original, provocante e urgente, Boa Economia para tempos difíceis oferece o novo pensamento económico de que precisamos. Baseado em investigação de ponta (e em anos a testar as soluções mais eficazes para aliviar a pobreza extrema) defende uma sociedade construída na base da compaixão e respeito. Um antídoto necessário aos discursos polarizados dos nossos dias e uma luz no caminho.
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    • Bernardine Evaristo Elsinore 2020 | 9789896232894 | 480 pp. Vencedor do Booker Prize 2019 Livro do Ano e Autor do Ano do British Book Awards 2020 As doze personagens centrais deste romance a várias vozes levam vidas muito diferentes: desde Amma, uma dramaturga cujo trabalho artístico frequentemente explora a sua identidade lésbica negra, à sua amiga de infância, Shirley, professora, exausta de décadas de trabalho nas escolas subfinanciadas de Londres; a Carole, uma das ex-alunas de Shirley, agora uma bem-sucedida gestora de fundos de investimento, ou a mãe desta, Bummi, uma empregada doméstica que se preocupa com o renegar das raízes africanas por parte da filha. Quase todas elas mulheres, negras e, de uma maneira ou de outra, resultado do legado do império colonial britânico. As suas histórias, a das suas famílias, amigos e amantes, compõem um retrato multifacetado e realista dos nossos dias, de uma sociedade multicultural que se confronta com a herança do seu passado e luta contra as contradições…
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    • George Orwell Antígona - Editores Refractários 2021 | 9789726083931 | 160 pp. «Escrevo porque há uma mentira qualquer que quero denunciar, um facto qualquer para o qual quero chamar a atenção, e a minha preocupação inicial é ser ouvido.» Porque escreve George Orwell? Orwell escreve porque, muito antes das redes sociais e das fake news, compreende o perigo de dar rédea solta a uma mentira («Porque Escrevo»). Orwell, o autor de Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, o criador do termo «novilíngua», escreve porque dá valor às palavras, conhece o seu poder, é sensível aos mecanismos de manipulação do pensamento por via da linguagem obscura («A Política e a Língua Inglesa», «Verdade Histórica», «Linguagem Religiosa»). Orwell, o cidadão intrínseca e fatalmente politizado, escreve porque defende que toda a arte é um gesto político, um empecilho a pretensões totalitárias, uma arma escarninha contra demagogias («As Fron-teiras entre a Arte e a Propaganda», «Literatura e Totalitarismo»). «Enquanto escrevo, seres humanos civilizadíssimos sobrevoam-me, tentando matar‑me»,…
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    • Guy Debord Antígona - Editores Refractários 2021 | 9789726083658 | 96 pp. «Nunca a censura foi tão perfeita. Nunca foi permitido mentir com uma tão perfeita ausência de consequências. Pressupõe-se apenas que o espectador deve ignorar tudo, não merecer nada. Ao invés da pura mentira, a desinformação deve fatalmente conter uma certa parte de verdade, porém deliberadamente manipulada por um hábil inimigo.» Companheiro inseparável d’A Sociedade do Espectáculo, os Comentários (1988) actualizam e confirmam, ao fim de vinte anos, as teses anteriores de Guy Debord,apresentando a noção de «espectacular integrado»: um conceito global que reúne o «espectacular difuso» do american way of life e o «concentrado» dos regimes totalitários, vertido na manipulação cada vez mais sofisticada dos desejos do ser humano, operada por Estados e meios de comunicação em nome do bem oleado capitalismo moderno. Este balanço do autor, quando o espectáculo se tornara ainda mais irracional e omnipresente do que ele previra em 1967 – que passa em revista a mentira…
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    • Guy Debord Antígona - Editores Refractários 2021 | 9789726082224 | 144 pp. «A alienação do espectador em proveito do objecto contemplado (que é o resultado da sua própria actividade inconsciente) exprime-se assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos compreende a sua própria existência e o seu próprio desejo.» Publicada em 1967, A Sociedade do Espectáculo é a obra filosófica e política mais famosa de Guy Debord e uma análise impiedosa da invasão de todos os aspectos do quotidiano pelo capitalismo moderno. O espectáculo, segundo o autor, «uma droga para escravos» que empobrece a verdadeira qualidade da vida, é apontado como uma imagem invertida da sociedade desejável, na qual as relações entre as mercadorias suplantaram os laços que unem as pessoas, conferindo-se a primazia à identificação passiva, em detrimento da genuína actividade. O autor afirma que «quanto mais [o espectador] aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos compreende a sua própria existência…
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    • Duarte Belo Museu da Paisagem 2020 | 9789895449729 | 320 pp. Depois da estrada é o relato de uma viagem entre a Serra do Larouco e os arenitos recortados da praia da Coelha, não longe de Albufeira, no Algarve. O itinerário foi feito de carro com meios reduzidos ao mínimo essencial, durante cinco dias contínuos, de sol a sol, sem qualquer desvio para abastecimento alimentar. As noites foram passadas no campo, junto à estrada. O objetivo foi percorrer paisagens que estão longe de tudo, longe das cidades, longe do mar, longe dos eixos de desenvolvimento urbano do país, longe de monumentos ou de lugares turísticos, longe de Espanha. No fundo, percorrer um Portugal pouco povoado e ir compondo um retrato dessa realidade.
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    • Ramin Jahanbegloo Editora VS. 2020 | 9789895473502 | 204 Neste volume de entrevistas, George Steiner, bem mais do que se explicar, co(implica) a vida dos seus interlocutores-leitores, segundo a melhor tradição socrática. Quer dizer, indisciplina a filosofia, devolvendo-a e revivendo-a em estado nascente, nessa praça da palavra onde a última palavra não pertence a ninguém, e reabre quotidianamente o silêncio sem fundo de onde as primeiras palavras, mas, sem dúvida, também todas as palavras primeiras, vêm. E ― fundindo até ao âmago, por exemplo, a reflexão acerca da poesia e da música e da interrogação do extermínio nazi, ou a sua polémica com as gramáticas generativas e com as paradas políticas fundamentais do nosso tempo ― fá-lo sempre em situação, sempre agora, na singularidade que a encruzilhada toma a cada instante, aberta pelo passo de quem caminha e refaz o caminho que nos ensinou a andar.
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    • Ana Luísa Amaral Assírio & Alvim 2019 | 9789723721096 | 144 p. No seu mais recente livro de poesia, Ana Luísa Amaral visita diversas imagens feitas a partir de episódios bíblicos, em diálogo permanente com a Bíblia e com a arte, num conjunto de poemas belos e terríveis, comoventes e violentos. Esta edição conta com reproduções de grande qualidade, a cores. E uma conversa quase concluída,  a resposta ondulante: nunca te deixarei Para onde fores, irei também  contigo, onde habitares, farei o meu sustento Esse pacto havido  desafiando tudo: o tempo a prolongar-se quase raso da outra o lugar:  já não estrangeiro: só humano,  e da casa
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    • Emily Dickinson Transcrições e fixação do texto original: Marta L. Werner e Jen Bervin Imagens fac-símiles por cortesia da Frost Library, Amherst College Edições Saguão 2020 | 9789895483105 | 100 pp. Poemas Envelope reúne um conjunto de poemas escritos por Emily Dickinson em envelopes previamente usados para correspondência, e é publicado em edição bilingue nas Edições do Saguão. Esta edição segue integralmente a da New Directions de 2016, feita de uma selecção de reproduções fac-símile (em tamanho ligeiramente menor do que os originais) dos poemas envelope de Emily Dickinson, retirados da edição completa The Gorgeous Nothings (2013). Estes poemas não são apenas escritos nos envelopes escrupulosamente guardados pela autora para reutilizar, mas têm características que resultam do suporte precário em que foram escritos e que torna a sua leitura instável, tanto quanto a sua escrita. Assim, os poemas são, com toda a propriedade, poemas envelope, e a palavra “envelope” torna-se um qualificativo, uma vez que a direcção, o corte do verso, a separação…
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    • Beppe Finoglio Edições Saguão 2012 | 9789895483129 | 176 pp. «— Não percebes que dura há demasiado tempo? Que nos habituámos a morrer e as raparigas se habituaram a ver-nos mortos?» O romance Una questione privata foi publicado pela primeira vez em Abril de 1963, dois meses após o falecimento do autor, juntamente com Un giorno di fuoco, pela Garzanti. Embora a redacção do romance tenha começado em 1960 e continuado até finais de 1961 (conforme as testemunhas epistolares do próprio Fenoglio), a seguir a essa data não há mais referências directas do autor a esta obra, acabando por ficar inédita durante a sua vida. Sobre este romance Italo Calvino escreveu que: «O romance Uma questão privada é construído com a tensão geométrica de um romance de loucura amorosa e perseguição cavalheiresca como Orlando Furioso, e ao mesmo tempo é a Resistência tal como era, por dentro e por fora, verdadeira como jamais foi descrita, preservada durante tantos anos por memória fiel,…
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    • EMBRIAGAI-VOS : antologia de poemas em prosa de autores franceses Seleção e tradução de Regina Guimarães, com prefácio e notas biográficas de Saguenail. Flop 2020 | 332 pp. A antologia é composta por textos de 24 autores, alguns dos quais nunca antes traduzidos para português: Pierre Letourneur, Évariste de Parny, Alphonse Rabbe, Prosper Mérimée, Xavier Forneret, Maurice de Guérin, Aloysius Bertrand, Jules Lefèvre-Deumier, Judith Walter, Charles Baudelaire, Isidore Ducasse, Jean Lahor, Joris-Karl Huysmans, Arthur Rimbaud, Germain Nouveau, Charles Cros, Théodore de Banville, Paul Verlaine, Éphraïm Mikhaël, Stéphane Mallarmé, Saint-Pol-Roux, Marcel Schwob, Hugues Rebell e Pierre Louÿs.
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    • António Tenreiro Livros de Bordo 2020 | ISBN: 9789895455416 António Tenreiro nasceu em Coimbra por volta de 1500. Embarcou jovem para a Índia e, em 1523, prestava serviço em Ormuz quando integrou uma das embaixadas portuguesas enviadas a Tabriz na Pérsia. Ali aprendeu persa e viajou até ao Cairo por regiões controladas pelo Império Safávida e pelo Império Otomano, talvez em missão de espionagem. Regressado a Ormuz, aí residiu até 1528 quando empreendeu uma nova viagem por terra até Portugal. Três décadas mais tarde publicaria o Itinerário, relato das suas aventurosas viagens.
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    • AA VV A Mamute é uma revista trimestral de ensaios criativos e autobiográficos em formato longo, que quer contar histórias pessoais que tenham eco colectivo. Idealizada e editada por Gonçalo Mira, crítico literário do Público e autor do podcast Conduzir à Noite, a Mamute pretende “através das experiências individuais dos autores, falar de temas socialmente relevantes, partindo do particular para falar do global. Dito de outra forma, queremos contar histórias que também informem, que inquietem, que ajudem a pensar o mundo em que vivemos.” Em formato de livro de bolso e com design distintivo, o primeiro número da Mamute conta com as vozes de Nuno Catarino (a experiência de usar bicicleta como principal meio de transporte em Lisboa), Cláudia Lucas Chéu (a descoberta da sexualidade na adolescência), Seara (ocupação solidária e despejo em plena pandemia), João Pedro Azul (um pai engolido pela demência) e João Sousa Cardoso (uma viagem ao longo do rio Mississippi).  
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    • Autor: George Orwell Editora: Edições 70 Ano: 2021 | ISBN: 9789724423975 | N.º pp: 420 O Orwell ensaísta que o público português conhece, através da tradução de alguns dos seus ensaios, é essencialmente o Orwell político. Sem descurar essa dimensão incontornável do autor, a presente coletânea pretende dar a conhecer várias das suas outras facetas que frequentemente ficam esquecidas ou são menosprezada. Assim, a coletânea inclui ensaios sobre o policial, a literatura infanto-juvenil e outras manifestações da cultura de massas, bem como outros sobre a natureza, o imperialismo e as questões identitárias. Os ensaios aqui reunidos revelam a versatilidade de Orwell e as suas extraordinárias qualidades de ensaísta: o espírito de independência, o sentido crítico, a curiosidade intelectual, a perspicácia da observação, a informalidade do estilo e, acima de tudo, a sua capacidade de interrogar o mundo e de com ele dialogar, «ensaiando» explicações para tudo o que lhe suscita o interesse, do mais filosófico ao mais comezinho.  
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    • Angela Davis Antígona - Editores Refractários 2020 | 9789726083641 | 192 pp. Nesta selecção de ensaios, entrevistas e discursos, a célebre activista e académica Angela Davis lança uma nova luz sobre as lutas contra a violência de Estado e a opressão em vários pontos do mundo – da Palestina à África do Sul –, desmontando as estruturas do sistema capitalista (patriarcado, supremacia branca, políticas imperiais) que apenas sobrevivem perpetuando conflitos. Reflexão sobre os combates históricos do movimento negro nos Estados Unidos, o lugar central do feminismo na desconstrução das relações de poder e a abolição do sistema prisional industrial, A Liberdade é Uma Luta Constante (2015) obriga-nos a olhar para lá do nosso quintal, para os «reservatórios de esperança e optimismo» que encontramos nas colectividades resistentes. Quando dar tréguas à injustiça é multiplicar formas de submissão, Angela Davis desafia-nos a dar o exemplo, fazendo a nossa parte por um movimento global de libertação humana.