Flauta de Luz Nº 9
€12.00
Autores deste número: Amanda Booth, Agustín García Calvo, Charles Reeve, Corsino Vela, Eloy Santos, Erick Corrêa, Fernando Gonçalves, Francisco Norega, Gary Snyder, Jan Zwicky, Joëlle Ghazarian, Jorge Leandro Rosa, José Janela, Júlio do Carmo Gomes, Lina Kostenko, Luciano Moreira, Luísa Assis, M. Ricardo de Sousa, Manuel Rodrigues, Maria Manuel Restivo, Mauricio Centurion, Michael S. Harper, Miguel Brieva, Nik Holliman, Pedro Morais, Quim Sirera – Apesar da proximidade temporal com as barbaridades bélicas (a Guerra dos Balcãs foi há apenas trinta anos), a guerra parecia ter desaparecido do nosso horizonte, «orientada» para paragens mais distantes. Mas o ciclo infernal das desmesuras europeias voltou à carga, não lhe sendo estranho o insistente expansionismo para leste do capital ocidental, que pretende manter a sua hegemonia, a começar pela do poderio militar-nuclear. O n.º 9 da Flauta de Luz abre com três artigos sobre a guerra na Ucrânia, procurando situar as estranhezas que configuram o mais recente conflito europeu, terrível indicador do grau de impossíveis atingido pelas sociedades de espectadores. Este novo contexto de devastações é correlacionável com a análise seminal de Langdon Winner sobre «A complexidade tecnológica e a perda de acção», com o estudo interrogativo de Phil Mailer, «Internet, motor do capitalismo?», com o ensaio de Bruno Lamas sobre «O colapso da modernização» ou com o artigo de Pedro Caldeira Rodrigues dedicado a Julian Assange e à censura da informação sobre a guerra. Este número inclui também: «A Viagem pela Vida» do movimento zapatista, que percorreu grande parte da Europa, incluindo Portugal; o caderno a cores «Presença de Artur Varela», dedicado à obra do artista português cuja dimensão contestatária levou ao seu silenciamento; duas intervenções do porta-voz indígena brasileiro Ailton Krenak em torno da co-responsabilização da humanidade na relação com a Terra; o descobridor ensaio de Antonio Pérez, «Os indígenas são anarquistas?»; o texto de Eugenio Castro, «Fazer mundos: os jardins ideais», sobre arte popular em Espanha e Portugal; a entrevista com Luísa Cruz e Homero Cardoso (co-fundadores da cooperativa editorial Assírio e Alvim), a respeito da loja de Arte Popular Portuguesa que mantiveram em Lisboa; e o documentado retrato de Pedro Silveira, «Da peste eclesiástica: práticas reiteradas de pedofilia na Igreja Católica». Contém ainda um dossiê informativo que dá voz às correntes anarquistas e pacifistas activas na Ucrânia e na Rússia, além de poemas, textos de ficção, notas de leitura, ilustrações, bandas desenhadas, reproduções de pinturas e outros trabalhos plásticos.