Pierre-Thomas-Nicolas Hurtaut Orfeu Negro 2010 | 9789898327093 | 108 pp. Incrédulo, o leitor interrogar-se-á: mas então, dar peidos também é uma arte? Se a pergunta o atormentar, irá encontrar a resposta neste pequeno ensaio teórico-físico do séc. XVIII. Clássico da literatura cómica, escatológica e pseudocientífica, A ARTE DE DAR PEIDOS confirma-nos que o peido é uma necessidade da natureza, uma condição de boa saúde, que pode e deve ser assumida como uma fonte de prazer. E até de arte, pois dar peidos não custa, custa é saber dá-los.
Anselm Jappe Antígona 2022 | 9789726084075 | 168 pp. Partindo do episódio da queda da Ponte Morandi, em Génova, em 2018, como caso exemplar da obsolescência programada, Anselm Jappe desenvolve a premissa de que o betão — um dos materiais de construção mais utilizados no planeta, produzido em quantidades astronómicas e com irreversíveis consequências sanitárias e ambientais — encarna por excelência a lógica desmesurada, descartável e destrutiva do capitalismo. Ensaio que associa a crítica do valor à crítica da arquitectura e do urbanismo contemporâneos, rememorando o historial problemático deste material — das intenções dos seus entusiastas às reservas dos seus detractores, da sua expansão durante a Revolução Industrial ao declínio de técnicas sustentáveis e ancestrais —, Betão (2020) é um protesto contra a uniformização económica, social e estética do mundo, uma recusa da habitação como activo rentável e um alerta para as insidiosas leis da mercadoria e do crescimento infinito.
Niels Christian Geelmuyden Casa das Letras 2022 | 9789896613969 | 320 pp. Cada vez mais casais não conseguem ter filhos ou lutam para conseguir tê-los. A fertilidade está em declínio em todo o mundo. O que até nos pode fazer pensar que está tudo bem, por já sermos muitos a habitar a Terra, mas o problema é que homens com esperma pobre também têm vidas mais curtas e sofrem mais doenças e problemas de saúde do que os homens com esperma saudável. É um problema que não afeta apenas os casais diretamente, mas sim, de uma forma ou outra, todas as pessoas, uma vez que a mesma tendência foi detetada em peixes, anfíbios, insetos, aves, répteis e mamíferos. Qual será a causa desse declínio na reprodutividade? Haverá alguma coisa que possamos fazer para reverter esta tendência? Ou poderá este fenómeno pura e simplesmente causar a extinção da humanidade e de outras formas de vida? Neste livro pejado de factos inéditos e terrivelmente…
José Cutileiro D. Quixote 2022 | 9789722073202 | 816 pp. As melhores crónicas do autor de culto Podia Ter Sido Pior reúne os melhores trabalhos de José Cutileiro publicados na imprensa ao longo de 67 anos. Nesta antologia o leitor encontra uma selecção dos mais bem conseguidos Bilhetes de Colares, diversos obituários publicados originalmente na célebre coluna In Memoriam do jornal Expresso, alguns dos mais influentes textos de Antropologia, e comentários de política internacional muito actuais. Enriquecido com um prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa e uma nota de Myriam Sochacki-Cutileiro, Podia Ter Sido Pior mostra a relevância, frescura e erudição de um dos cronistas mais bem sucedidos do Portugal contemporâneo. «José Cutileiro, que eu primeiro conheci quando estudava em Oxford, era verdadeiramente original. Um homem de grande cultura, sentia-se confortável nos mundos da diplomacia e das organizações internacionais. O fascínio que tinha pelos semelhantes humanos, suas culturas e interacções, e o talento para as maravilhosas observações incisivas, fizeram com que fosse…
Tomás Ibáñez Barricada de Livros 2022 | 279 pp. Tradução de Andreia Tatoni, Carlos Jacques, Carlos Nuno, Caterina Casarosa, Mário Rui Pinto. Projecto gráfico de Ana Paula Pais «Tomáz Ibáñez (Zaragoza, 1944) vive com os ideais libertários como guia. Filho do exílio em França, começou as suas andanças políticas nos grupos juvenis anarquistas franceses e de jovens exilados espanhóis. Desde o início dos anos 60 até inícios dos anos 80 centrou as suas energias na construção de organizações libertárias, na luta antifranquista e na reconstrução da CNT em 1976.» in https://colectivolibertarioevora.wordpress.com/2015/01/30/entrevista-tomas-ibanez-nunca-se-toma-o-poder-e-sempre-o-poder-que-nos-toma/
Henry Kissinger, Eric Schmidt, Daniel Huttenlocher D. Quixote 2021 |9789722073400| 240 pp. Três dos mais reputados e estimulantes pensadores da atualidade refletem sobre a Inteligência Artificial, as transformações que está a provocar na sociedade e o que isso significa para todos nós. Uma Inteligência Artificial (IA) aprendeu a ganhar partidas de xadrez escolhendo jogadas que os grandes mestres nunca tinham considerado. Outra IA descobriu um antibiótico novo ao analisar propriedades moleculares que os cientistas não compreendiam. Aviões a jato manobrados por IA conseguiram derrotar pilotos experientes em combates simulados. A IA está a entrar nos motores de busca online, no streaming, na medicina, na educação e em muitos outros domínios, e, ao fazê-lo, está a alterar a forma como os humanos experienciam a realidade. Em A Era da Inteligência Artificial, Kissinger, Schmidt e Huttenlocher revelam o impacto da IA no conhecimento, na política e nas sociedades em que vivemos, e apresentam-nos a uma era marcada pela coabitação entre humanos e a IA…
Raphaël Glucksmann Guerra & Paz 2022 | 9789897027086 | 159 pp. «Catástrofe climática? Inexorável! Extinção da biodiversidade? Irremediável! Globalização financeira, deslocalizações, explosão das desigualdades? Fatal! Declínio das democracias, erosão dos direitos, crescimento dos ódios? Irreversível! Todos vos dizem que é assim, que nada podem fazer. Então para quê lutar, agir, sonhar?» Numa carta aberta apaixonada e cheia de esperança, o ensaísta, realizador e eurodeputado Raphaël Glucksmann exorta os jovens a enfrentar os desafios da sociedade actual, lutando contra os fatalismos. Não se resignem. Ser jovem hoje é ter na mão o poder de pertencer à geração que vai mudar tudo. «A indiferença e a resignação são mortíferas. Não se desinteressem pelo vosso futuro. Não se resignem. Não se tornem cínicos antes de terem experimentado o idealismo. Não sejam velhos antes de serem jovens. Tenho um só objectivo na política: devolver à democracia a sua juventude perdida, a sua força e a sua beleza. Para isso, são vocês a chave, a única chave.…
Paulo Nogueira Guerra & Paz 2022 | 9789897027109 | 207 pp. Vivemos tempos perigosos. Uma das principais armas das guerras culturais do século XXI é o cancelamento: a obliteração do interlocutor, a mordaça digital. Na realidade virtual, o linchamento é electrónico – na realidade física, pode descambar em execução biológica. Para tanto, nem é preciso cometer o pecado da blasfémia escandalosa. Para disparar retaliações fanáticas, basta professar o que até ontem eram singelos truísmos e tautologias, como «as mulheres menstruam». Será hoje a liberdade de expressão um luxo sibarita dos que podem falar o que lhes dá na cabeça – isto é, uma ínfima elite, aliás em extinção? Mas, nesse caso, ainda prestará para alguma coisa? Como chegámos aqui? Para que serve afinal o raio da liberdade de expressão? Ela alguma vez realmente existiu? É humanamente possível ou não passa de uma confortável ilusão? Quem nunca, em algum momento, odiou algo ou alguém?
Michel Desmurget Contraponto 2021 | 9789896663117 | 368 pp. Estamos a viver uma situação muitíssimo preocupante. O autor deste livro afirmou, numa entrevista à BBC que se tornou viral, que os nativos digitais são os primeiros filhos a terem um QI inferior ao dos pais. Após milhares de anos de evolução, o ser humano está agora a regredir em termos cognitivos e de capacidades intelectuais — por culpa da exposição excessiva a ecrãs. O tempo que as novas gerações passam a interagir com smartphones, tablets, computadores e televisão é elevadíssimo. Aos 2 anos, as crianças dos países ocidentais consagram todos os dias quase três horas a ecrãs. Entre os 8 e os 12 anos, esse tempo aumenta para cerca de quatro horas e quarenta e cinco minutos. Entre os 13 e os 18, a exposição é em média de seis horas e quarenta e cinco minutos diários. Em termos anuais, são cerca de mil horas para um aluno do 1.º ciclo do…
Oscar Wilde Guerra & Paz 2022 | 978-989-702-706-2 | 128 pp. Esta Intransigente Defesa da Arte é um esplêndido documento histórico e é um manifesto de intransigente defesa da independência da arte, permitindo aos leitores «ouvir» as reais palavras de Wilde no seu mais articulado e brilhante discurso, que faz de um texto que se presumiria perdido nos meandros da lei uma peça da mais sublime estética.
Gonçalo M. Tavares Relógio d'Água 2021 | 9789897831645 | 168 pp. Este Dicionário de Artistas, este Museu, parte de um pormenor, detalhe ínfimo ou centro centralíssimo, da obra de um artista, e daí o texto vai para outro local qualquer. Como um animal que tem fome parte do ninho para um ponto onde pressente o alimento, assim parte o texto à sua vida. … os textos deste Dicionário são seres autónomos que saem à rua livres e bem sozinhos depois da meia-noite. SOBRE O AUTOR: Gonçalo M. Tavares é autor de uma vasta obra que está a ser traduzida em cerca de cinquenta países.A sua linguagem em ruptura com as tradições líricas portuguesas e a subversão dos géneros literários fazem dele um dos mais inovadores escritores europeus da actualidade. Recebeu importantes prémios em Portugal e no estrangeiro. Em Portugal, destacam-se o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, o Prémio Literário José Saramago, o Fernando Namora, entre outros. Em França, Aprender…
Maurice Blanchot Sr Teste Edições 2021 | 490394/21 | 101 pp. A ideia de uma comunidade formada pelo que é mais comum no ser humano: o princípio de insuficiência. Neste livro Blanchot fala de alguns membros da sua comunidade dando destaque a Georges Bataille, à sua Acéphale e a Marguerite Duras nas suas narrativas em que o infindável Outro é revelador das dicotomias da vida.
Walter Benjamin Sr Teste Edições 2021 | 469507/20 | 112 pp. O livro mais íntimo de W. Benjamin, nele torna-se clara a estrutura do seu pensamento sensível através destes textos, unindo realidade/sonho, infância/ maturidade, revelação/ segredo. A tradução é de José Aigner, as imagens da artista plástica Clara Sanchez Sala e a composição gráfica de Catarina Domingues.
Lydie Dattas Sr Teste Edições 2021 | 479796/21 | 45 pp. Este é o primeiro livro da autora editado em Portugal. Escrito a partir de um encontro com Jean Genet, este texto é uma ode à beleza a partir da condição feminina. Desejando celebrar a Mulher e que o seu dia se estenda, “A Noite Espiritual” é o auto-retrato da sensibilidade e intelecto feminino denegados por uma sociedade patriarcal. A tradução é de Ricardo Ribeiro, os desenhos de Catarina Leitão e a composição gráfica de Catarina Domingues.
Maurice Blanchot Sr Teste Edições 2021 | 475343/20 | 90 pp. “Blanchot fala-nos da ambiguidade essencial da literatura, mostrando-nos o movimento oscilante que vai das operações da linguagem corrente à vertigem da experiência literária. Como é que o negativo, o vazio, a morte animam cada palavra com um estranho pulsar, um batimento entre a presença e a ausência, a possibilidade e a impossibilidade?” – Sara Soares Belo (tradutora)